Goiânia

Mabel afirma que Plano Diretor de Drenagem Urbana assegura “ações corretas, nos momentos adequados”

Prefeito participa de 2ª audiência pública que discute o futuro da drenagem urbana. Iniciativa visa orientar intervenções pelos próximos 30 anos e melhorar qualidade de vida na capital

O prefeito Sandro Mabel participou nesta quarta-feira (30/4) da 2ª audiência pública do Plano Diretor de Drenagem Urbana de Goiânia (PDDU-GYN), realizada na Câmara Municipal de Goiânia. No encontro, Mabel recebeu o documento com diagnósticos e os prognósticos das 14 bacias hidrográficas e córregos que cortam o município, com projeções para os próximos 30 anos.

Durante a audiência, Mabel destacou a importância do documento para o planejamento urbano da capital, com o conhecimento sobre as condições atuais da drenagem urbana e as medidas necessárias para torná-la mais eficiente e sustentável. “O plano de drenagem faz com que possamos tomar as decisões certas, principalmente com o apoio de especialistas da UFG. Teremos as ações corretas, nos momentos adequados, mapeando todos os problemas e encontrando as soluções”, afirmou o prefeito.

Mabel também citou a necessidade de intervenções tanto em micro quanto em macrodrenagem. “A macrodrenagem hoje não pode ser só colocar a água dentro de um tubo e jogar num córrego. É preciso fazer caixas de absorção e estruturas que permitam drenar a água e recarregar o lençol freático. Esse é o grande plano que nós esperamos com esse trabalho”, disse.

O vice-coordenador do PDDU-GYN e professor da Escola de Engenharia Civil e Ambiental da UFG, Raviel Basso, explicou que o plano está dividido em duas etapas, diagnóstico e prognóstico. O estudo contempla 14 bacias hidrográficas e aponta os principais problemas em áreas mais urbanizadas, como as bacias dos córregos Botafogo e Cascavel. “Essas são as regiões com mais problemas devido à grande impermeabilização do solo. O estudo propõe soluções para essas áreas consolidadas e também para regiões que ainda serão urbanizadas”, afirmou Basso.

Segundo Raviel Basso, o plano será essencial para enfrentar os efeitos das mudanças climáticas e orientar ações futuras. “O plano vai nos dar um norte. Identifica os problemas de hoje e propõe para onde queremos ir. Com o aumento da intensidade das chuvas, precisamos de um direcionamento claro. Onde há problemas, atuamos com mitigação. Onde ainda não há, propomos ações preventivas.”

Marginal Botafogo

Um dos pontos de atenção citados pelo prefeito foi a Marginal Botafogo. Segundo Mabel, antigas pontes na região da Rua 44 possuem um suporte embaixo delas com paredes grossas, que retém muita água. Elas dificultam o escoamento podendo causar transbordamento, por isso precisam ser suprimidas. “Estamos buscando cerca de R$ 300 milhões para reformar toda a Marginal”, adiantou.

Mabel reforçou que o plano ajudará a definir as prioridades das intervenções, com base no custo-benefício de cada ação. “Esse plano vai nos dar as direções principais. Vamos ter que definir, conforme os recursos, o que será feito primeiro, analisando o que traz mais benefício para a população. Assim, teremos um norte para os próximos 10, 15 ou 20 anos”, completou.

Durante a audiência, o vereador Anselmo Pereira agradeceu o engajamento do prefeito na elaboração do plano e destacou a importância da iniciativa para o futuro da cidade. “Quando o prefeito legitima uma ação como essa, ele mostra que está preocupado com a Goiânia dos próximos anos. Em 2033, a cidade completa 100 anos, e precisamos planejá-la com responsabilidade.”

Audiência

A audiência foi organizada pela Prefeitura de Goiânia, por meio do Conselho Municipal de Saneamento Básico (CMSB), da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) e da Agência de Regulação de Goiânia (AR). Também participaram a Universidade Federal de Goiás (UFG), a Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) e a equipe técnica do PDDU-GYN.

Participaram da mesa diretiva, entre outras autoridades, a reitora da UFG, Angelita Pereira; o presidente da Goinfra, Pedro Sales; o secretário municipal Francisco Elísio Lacerda (Seinfra); o presidente da AR, Hudson Novais; a diretora executiva da Funape, Sandramara Matias Chaves; a analista administrativa da Superintendência de Regulação de Saneamento Básico da ANA, Evania Vieira da Costa; o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranaíba (CBH), João Ricardo Raiser, representando a titular da Semad, Andréa Vulcanis; e o promotor de Justiça Juliano de Barros Araújo, representando o Ministério Público de Goiás.

Fotos: Alex Malheiros

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